General Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo
(Marquês de Sá da Bandeira)
Estamos no dia 4 de Abril de 1810, e encontramo-nos em Queluz, à porta do Regimento de Cavalaria nº 11. Acaba de apear-se à porta do quartel um rapazinho imberbe ainda, ar de fidalgo, que à sentinela perguntou pelo Comandante da unidade. Breve foi recebido por este que, no seu gabinete, está rodeado por vários oficiais, debruçados todos sobre cartas de Espanha e de Portugal.
Entrado o recém-vindo, o Comandante, absorvido pelos seus papéis, pergunta-lhe ao que vem. E, então, o mocinho explica-lhe, que deseja assentar praça como voluntário. Ao Comandante não admira a ideia, mas resolve interrogar o pretendente:
- Quantos anos tem?
- Saiba Vossa Mercê que ainda não fiz 15.
Torcendo o nariz, o Comandante pergunta-lhe: - E quem é o Senhor fidalgo?
- Sou Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo, filho primogénito de Faustino Lopes Nogueira de Figueiredo, moço-fidalgo, alcaide-mór do Cadaval, desembargador da Relação do Porto e Senhor do Prazo de Reguengo – foi a resposta que obteve.
- Oiça, moço, o que lhe digo, replicou o Comandante: - O Senhor é novo, filho de boa família, gente de leis e do foro, gente abastada da nossa terra. A corte há-de voltar e na corte se precisam de fidalgos bons e bem formados. Ali encontrará carreira mais fácil e mais rápida, pois ali se recebem os favores reais. A carreira de armas é carreira de sacrifícios, é carreira de lutas e de canseiras, onde, tantas vezes, da corte mal se apreciam os homens. Um fidalgo, como o Senhor, deve preparar-se para uma vida mais fácil, de maior fama e de maiores proventos. Volte, pois, para sua casa e siga esse caminho.
- Senhor, não, lhe replicou o mancebo.
- Trago bem presente nos meus olhos as atrocidades dos inimigos da Pátria, para que o esqueça. Destes meus olhos me rolaram lágrimas de raiva, como punhos, quando há dois anos, os vi quase rotos e famintos, enlameados e sujos, atravessarem como maltrapilhos os nossos campos de Santarém em marcha sobre Lisboa. Senhor, nos meus 12 anos, desesperei de raiva, por ver que os Portugueses esqueciam a sua História e a grandeza dum passado feito de sacrifício, mas cheínho de Honra e de Valor. Pois, bem, logo depois, todos sentimos o peso desta ignomínia. Eu, pela minha parte, vi o General Barão de Thiebault invadir a minha casa, confiscar os meus cavalos, retalhar os nosso bens e as nossas vidas.
Senhor, eu não ambiciono riquezas, eu não quero carreira fácil.
Senhor, eu quero cumprir o meu dever.
E, agora, que em Espanha forças inimigas se juntam para pisar de novo esta terra de portugueses, eu quero bater-me, ainda que isso seja o fim da minha própria vida. Senhor, solicito-lhe, pois, que me aceite nesse Regimento para servir Portugal. Compenetre-se, Vossa Mercê, que outra honra não posso ter maior do que servir este Ideal que me abraza o coração.
E, assim, assentou praça, como cadete, no Regimento de Cavalaria nº 11, em Queluz, Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo.
Desfolhemos, agora, o calendário até 12 de Janeiro de 1837.
Entremos no Ministério da Guerra e subamos até ao próprio gabinete do Ministro.
Quem é que ali vamos encontrar sentado pela primeira vez?
Um homem de 41 anos, a quem os cabelos brancos começam a ornar a fronte. É ele o Coronel de Sá Nogueira de Figueiredo, já ao tempo Visconde de Sá da Bandeira. Não é difícil adivinhar nele o jovem cadete com quem cruzámos há 27 anos.
Como é que ele chegou até ali?
Importa saber donde vem e que ideias traz este homem, que hoje se senta pela primeira vez no lugar de Ministro da Guerra.
Promovido a alferes em 15 de Dezembro de 1810 é colocado no Regimento de Cavalaria nº 10, onde se mantêm até que em 1812, sendo promovido a tenente, passa ao Regimento de Cavalaria nº 4.´Animado do mais entusiástico ideal de servir a Pátria, um homem destes não podia ficar indiferente às lutas que se travavam para expulsar o inimigo do solo de Portugal. Ei-lo, pois, fazendo parte das forças em operações, batendo-se valente e denodadamente em muitas batalhas, em muitos combates da Guerra Peninsular. Ferido várias vezes, dá o seu sangue generosamente pelo ideal da Pátria, que é a fonte de fé da sua própria vida.
Um dia, em 1814, já em França, é ferido mortalmente no campo de Vieille. Para lá ficaria, esquecido e talvez morto, se o seu espírito generoso e franco, arrastando dedicações, não tivesse conquistado um homem que alucinadamente o procura no campo de batalha, revolvendo os feridos e levantando os mortos.
Assim se salva das garras da morte, mas não dos Exércitos napoleónicos.
É feito, então, prisioneiro do inimigo e como tal internado em França. Libertado do cativeiro ao fim de alguns meses, um homem destes não pode ficar inactivo.
Assim que regressou a Portugal este militar, que pertencia á Arma de Cavalaria, começou, pois, a estudar. Matricula-se sucessivamente na Real Academia de Marinha, na Real Academia de Fortificação, Artilharia e Desenho e, depois na Universidade de Coimbra, onde estuda Matemática e Filosofia.
Quer dizer, este homem, provado já valoroso nos combates, reconhece a necessidade da sua preparação mais profunda, e é ele próprio, voluntariamente, que se dedica á missão de estudar. De tal modo, é natural que, em 1819, ao ser promovido a Capitão, transite para a Arma de Artilharia. E, em 1820, quando por contingências várias se viu na necessidade de se exilar para Paris, não pensem que, um homem desta natureza, possa ficar inactivo.
Não!
Em Paris, vai estudar Química com Gay-Lussac, com Cuvier e com outros homens que se notabilizam nesta ciência.
Logo, em seguida, começa a estudar Engenharia e ao ir para Londres, também na situação de exilado, continua a seguir os seus estudos para engenheiro. De tal modo se pode compreender que, regressando a Portugal em 1824, ingresse no Estado-Maior e logo a seguir volte para Londres a concluir o seu curso e que, em 1828, seja promovido a Major para a Arma de Engenharia.
Quis assim mostrar-vos bem, em perspectiva, o que era a cabeça daquele Ministro – combatente destemido, homem que gloriosamente se tinha dado à Pátria em todos os seus combates da Guerra Peninsular, que tinha estado prisioneiro, que tinha alicerçado os seus conhecimentos ideais com um estudo profundo das matérias então em voga e que, em todas elas, tinha mostrado o brilho duma inteligência fecunda, duma predisposição especial para as ciências, duma sabedoria completa de todos os conhecimentos humanos daquela época.
Era este homem, que tinha estado em contacto com esses sábios, que tinha vivido estudando por toda a porta, que se sentava hoje, pela primeira vez na cadeira de Ministro da Guerra. E, então, a primeira medida, que o seu cérebro privilegiado viu necessidade de tomar, foi a de criar uma escola de formação de oficiais, mas uma escola que possuísse unidade. Isto é, uma escola que reunisse todos os oficiais, de maneira a ministrar-lhe não só os conhecimentos militares mas, também, a forjar-lhes o espírito e o carácter. E, então, no dia 11 de Janeiro de 1837 elabora aquela ordem, aquela lei, pela qual ele cria a Academia Politécnica de Lisboa e, no dia seguinte, a Escola do Exército.
Uma e outra não andavam separadas, a Academia Politécnica de Lisboa era uma escola militar, uma escola de preparação militar. E, só depois de ter passado pelos cursos da Academia Politécnica é que se podia ingressar na Escola do Exército. Não admira, pois, que as duas escolas tivessem nascido em conjunto e tivessem ocupado, logo desde o início, o mesmo local, isto é, o antigo Colégio dos Nobres.
Como acabais de ver, este Segundo Quadro mostra-nos ainda este homem norteado por um ideal.
No primeiro Quadro vimo-lo no Ideal de servir a Pátria recusando, por isso, outra carreira que não fosse a carreira das Armas. Neste segundo Quadro vemo-lo norteado pelo Ideal de servir o Exército e portanto devotando-se á criação desta Escola, tendo a certeza de que iria criar uma instituição capaz de valorizar, de dignificar e de elevar o nosso Exército.
Transcrição do Anuário, de 1956/1957, da Escola do Exército, pp. 15-17.
“DULCE ET DECORUM EST PRO PATRIA MORI”
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Guerra Peninsular (1807 - 1814)
Tenente de Artilharia Felizardo Xavier Pereira
Major Graduado em Tenente-Coronel de Infantaria Candido Bazilio Marinho Falcão de Victoria
Capitão de Infantaria António Francisco Travassos
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Campanhas Liberais (1828 - 1833)
Capitão de Artilharia Pedro Paulo Ferreira de Passos
1.º Tenente de Artilharia José Ventura Machado
Alferes de Infantaria. José António D'Oliveira
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Campanhas de África (1833 - 1914)
Capitão de Infantaria António Cardoso dos Santos
Tenenente de Infantaria Eduardo António Prieto Valadim
Tenente de Cavalaria João Carlos de Saldanha de Oliveira e Daun (Conde de Almoster)
Tenente de Cavalaria Alberto da Silveira Brandão Freire Themudo
Tenente de Infantaria Allonso Matias Nunes
Tenente do Serviço de Administração Militar António da Trindade
Capitão de Artilharia Luís Pinto de Almeida
Tenente de Infantaria Carlos Thomaz da Luz Rodrigues
Alferes de Infantaria Victor Duque
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Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918)
- Angola -
Capitão de Infantaria Artur Homem Ribeiro
Capitão de Infantaria Sebastião Luís Faria Machado Pinto Roby de Miranda Pereira
Alferes de Cavalaria Álvaro Damião Dias
Tenente de Infantaria Augusto Valdez de Passos e Sousa
Major de Artilharia José Afonso Palla
- Moçambique -
Major de Artilharia Leopoldo Jorge da Silva
Capitão de Cavalaria João Luiz Ferreira da Silva
Major de Infantaria João Teixeira Pinto
Tenente de Infantaria Miguel António Ponces de Carvalho
Tenente de Infantaria Viriato Sertório da Rocha Portugal Correia de Lacerda
Tenente de Artilharia Ernesto Lemonde de Macedo
- França (Flandres) -
Tenente de Infantaria Mário Augusto Telles Grilo
Capitão Piloto Aviador Óscar Monteiro Torres
Tenente de Infantaria Henrique de Melo Geraldes
Tenente de Infantaria Afonso Fino Bento de Sousa
Alferes de Infantaria Agnelo Maldonado
Capitão de Infantaria Alberto Silva Matos
Alferes de Infantaria Alfredo Ambrósio Ferreira
Tenente de Cavalaria Alfredo Guimarães
Capitão de Infantaria António Madeira Montez Júnior
Tenente de Artilharia Aurélio de Mendonça e Pinho
Capitão de Infantaria Francisco de Sousa Silva e Frias
Alferes de Infantaria João Paulo da Veiga Pestana
Tenente de Artilharia Joaquim Vidal Pinheiro
Alferes de Infantaria Júlio Alberto de Sousa Flores
Capitão de Infantaria Júlio Soares Serrão da Silva Machado
Capitão de Infantaria Luiz Gonzaga do Carmo Pereira Ribeiro
Tenente de Infantaria Manuel Augusto Farinha da Silva
Alferes de Infantaria António Eugénio da Silva Sampaio
Alferes de Artilharia Pedro Carrazedo Campos Viana de Andrade
Alferes de Infantaria Artur Augusto Rodrigues
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Campanha do Ultramar (1961 - 1974)
- Angola -
Capitão de Infantaria Abílio Eurico Castelo da Silva
Tenente de Infantaria Jofre Ferreira dos Prazeres
Alferes Paraquedista Manuel Jorge Mota da Costa
Tenente de Cavalaria Jorge Manuel Cabeleira Filipe
Tenente Piloto Aviador António Seabra Dias
Alferes de Infantaria Casimiro Augusto Teixeira
Alferes de Infantaria Hélder Luciano de Jesus Roldão
Capitão de Infantaria Óscar Fernando Monteiro Lopes
Capitão de Infantaria Isidoro de Azevedo Gomes Coelho
Capitão de Infantaria António Afonso da Silva Vigário
Capitão Piloto Aviador Luís Alberto da Fonseca Ferreira Simões
Capitão de Infantaria Cirilo de Bismarck Freitas Soares
Alferes de Infantaria José Manuel Ribeiro Baptista
Alferes de Cavalaria Estevão Ferreira de Carvalho
Capitão de Infantaria António Alberto Rita Bexiga
Capitão Piloto Aviador Custódio Janeiro Santana
- Guiné -
Capitão de Cavalaria António Lopo Machado do Carmo
Capitão de Infantaria Francisco Xavier Pinheiro Torres de Meireles
Capitão Paraquedista Luís António Sampaio Tinoco de Faria
Capitão de Infantaria José Jerónimo da Silva Cravidão
Capitão de Artilharia Manuel Carlos Conceição Guimarães
Alferes de Infantaria Augusto Manuel Casimiro Gamboa
Capitão de Infantaria Artur Manuel Carneiro Geraldes Nunes
Alferes de Artilharia Henrique Ferreira de Almeida
Capitão de Cavalaria Luís Filipe Rei Villar
Major de Infantaria Alberto Fernão de Magalhães Osório
Major de Artilharia Joaquim Pereira da Silva
Major de Artilharia Raul Ernesto Mesquita da Costa Passos Ramos
Capitão de Cavalaria Francisco Vasco Gonçalves de Moura Borges
Capitão de Infantaria Fernando Assunção Silva
Tenente Coronel Piloto Aviador José Fernando de Almeida Brito
Major de Infantaria Jaime Frederico Mariz Alves Martins
Major Piloto Aviador Rolando Frederico Mantovani Borges Filipe
- Índia -
Tenente de Infantaria Alberto Santiago de Carvalho
- Moçambique -
Major Piloto Aviador João António de Lemos Silva Santos Gomes
Tenente de Infantaria Manuel Belarmino da Silva Carvalho Araújo
Alferes Piloto Aviador José Quirino da Câmara
Alferes de Cavalaria Luís António Andrade Âmbar
Tenente Piloto Aviador Manuel Malaquias de Oliveira
Capitão de Infantaria Adelino Oliveira Nunes Duarte
Capitão de Cavalaria Jaime Anselmo Alvim Faria Afonso
Capitão de Artilharia Pedro Rodrigo Branco de Morais Santos
Capitão Piloto Aviador Hugo de Assunção Ventura
Tenente Piloto Aviador Emílio José Alves Lourenço
Tenente Coronel de Artilharia Nuno Álvares Pereira
Coronel Adriano Maurício Guilherme Ferreri 1841 - 1851 (autor não identificado) |
Marechal Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo 1851 - 1876 (autor não identificado) |
General de Divisão Fortunato José Barreiros 1876 - 1884 (autor não identificado) |
General de Brigada José Frederico Pereira da Costa 1884 - 1893 (autor não identificado) |
General de Divisão Luíz de Souza Folque 1893 - 1894 (autor não identificado) |
General de Divisão Francisco Maria da Cunha 1895 - 1896 e 1898-1900 (autor não identificado) |
General de Brigada José Cabral Gordilho d'Oliveira Miranda 1896 (autor: Veloso Salgado) |
General de Divisão Januário Correia de Almeida 1896 - 1897 (autor não identificado) |
General de Brigada Pedro Coutinho da Silveira Ramos
(autor não identificado) |
General de Brigada José Lúcio Travassos Valdez 1900 - 1902 (autor não identificado) |
General de Brigada António Vicente Ferreira de Montalvão 1902 - 1906 (autor não identificado) |
General de Brigada Alberto Ferreira da Silva Oliveira 1906 (autor: Veloso Salgado) |
General de Brigada Sebastião Custódio de Souza Teles 1906 - 1908 (autor: Veloso Salgado) |
General de Divisão Luíz Augusto Pimentel Pinto 1908 - 1910 (autor: Francisco Xara) |
General de Divisão José Estevão de Moraes Sarmento 1910 - 1917 (autor: Alves Cardoso) |
General Teófilo José da Trindade 1918 - 1919 (autor: Sousa Lopes) |
General Abel Hipólito 1919 - 1928 (autor: Sousa Lopes) |
General Roberto da Cunha Baptista 1928 - 1932 (autor não identificado) |
General Adolfo Cézar Pina 1932 - 1935 (autor: Conceição Silva) |
General José Vicente de Freitas 1935 - 1939 (autor: Abel Manta) |
General António Maria de Freitas Soares 1940 - 1947 (autor: Eduardo Malta) |
General Álvaro Teles Ferreira de Passos 1947 - 1949 (autor: Eduardo Malta) |
Brigadeiro António Henriques da Silva 1950 - 1952 (autor: Eduardo Malta) |
General Alexandre Gomes de Lemos Corrêa Leal 1952 - 1956 (autor: Eduardo Malta) |
Brigadeiro Emírcio Leão Maria Magno Teixeira Pinto 1957 - 1958 (autor: Eduardo Malta) |
General Humberto Buceta Martins 1958 - 1966 (autor: Eduardo Malta) |
General Alberto Andrade e Silva 1966 - 1968 (autor: Henrique Medina) |
General António Amaro Romão 1968 - 1974 (autor: Henrique Medina) |
General Manuel Maria Delgado e Silva 1974 - 1975 (autor: Henrique Medina) |
Major de Engª graduado General Duarte 1975 (autor: Henrique Medina) |
General Pedro Alexandre Gomes Cardoso 1975 - 1977 (autor: Henrique Medina) |
Brigadeiro Renato Fernando Marques Pinto 1977 - 1980 (autor: Henrique Medina) |
General Carlos José Machado Alves Morgado 1980 - 1981 (autor: Luiz Miguel) |
General Gonçalo Nuno de A. Sanches da Gama 1981 - 1984 (autor: Luiz Miguel) |
General António Avelino Pereira Pinto 1984 - 1987 (autor: Luiz Miguel) |
General Abel Cabral Couto 1987 - 1989 (autor: Luiz Miguel) |
General João de Almeida Bruno 1989 - 1993 (autor: Ruth Pinheiro) |
General João Manuel Soares de Almeida Viana 1993 - 1994 (autor: Luiz Miguel) |
General Rui Xavier Lobato de Faria Ravara 1995 (autor: Maluda) |
General Frutuoso Pires Mateus 1995 - 1999 (autor: Luiz Miguel) |
Tenente-General Luís Miguel da Costa Alcide d'Oliveira 1999 - 2001 (autor: Luiz Miguel) |
Tenente-General Silvestre António Salgueiro Porto 2001 - 2004 (autor: António Macedo) |
Tenente-General Carlos Alberto de Carvalho dos Reis 2004-2006 (autor: António Macedo) |
Tenente-General Luís Nelson Ferreira dos Santos 2006-2007 (autor: António Macedo) |
Tenente-General Fernando Manuel Paiva Monteiro 2007-2011 (autor: António Macedo) |
Tenente-General Vitor Manuel Amaral Vieira 2011-2013 (autor: António Macedo) |
Tenente-General José António Carneiro Rodrigues da Costa 2013-2016 (autor: António Macedo) |
Major-General João Jorge Botelho Vieira Borges 2016-2020 (autor: Luiz Miguel - em produção) |
Resenha Histórica
A Academia Militar tem o seu antecedente histórico na "Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho", criada por D. Maria I, em 1790.
A Academia Militar tem as suas origens na "Lição de Artilharia e Esquadria", criada por decreto de D. João IV, a 13 de maio de 1641, considerada como a “primeira escola de ensino militar de formação de oficiais do Exército em Portugal”. Em plena guerra da restauração, a "Lição de Artilharia e Esquadria" teve as suas instalações no Paço da Ribeira, local do próprio Palácio Real, na atual Praça do Comércio.
No entanto, enquanto instituição de ensino superior militar, a Academia Militar tem como antecedente a "Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho", criada por D. Maria I, a 2 de janeiro de 1790, considerada como a “primeira escola de ensino superior militar de formação de oficiais do Exército Português”, destinada ao ensino superior das matérias de interesse para Oficiais de Artilharia e Engenharia (cursos de 4 anos), de Infantaria e Cavalaria (cursos de 3 anos) e a alunos Civis ("Os Paisanos") que desejassem habilitar-se a Engenheiros.
Esta Academia, começando por se instalar no Arsenal do Exército (em Santa Apolónia), passou por vários edifícios da capital, desde o Palácio da Regência, onde se manteve até 1796, tendo transitado para o Palácio de Calhariz, e daí para o Real Colégio dos Nobres. Neste mesmo local, a 12 de Janeiro de 1837, a mesma Academia passou a designar-se por Escola do Exército, por iniciativa de Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo - o Marquês de Sá da Bandeira. A partir de Janeiro de 1851, a Escola do Exército passou a instalar-se no Palácio da Bemposta, onde ainda se mantém um dos seus dois polos.
O segundo polo foi criado, em 1951, na Amadora, tendo passado por várias designações na sua evolução e atualização: Escola do Exército - de 1837 a 1910; Escola de Guerra - de 1911 a 1919; Escola Militar - de 1919 a 1938; novamente Escola do Exército - de 1938 a 1959 e Academia Militar - desde 1959. A partir de 1991 a Academia Militar passou, também, a formar Oficiais da Guarda Nacional Republicana.
A Academia Militar tem como Patrono o Marquês de Sá da Bandeira, que foi aluno da Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho, e cuja designação alterou para Escola do Exército, a 12 de janeiro de 1837, Escola da qual viria a ser o seu mais ilustre Comandante, entre 1851 e 1876.
Assim, o dia da Academia Militar comemora-se a 12 de janeiro, com a dignidade e solenidade adequadas à efeméride.
O Estandarte Nacional à guarda do Corpo de Alunos da Academia Militar
Cada unidade militar tem à sua guarda uma Bandeira Nacional que se designa por Estandarte Nacional, diferindo daquela por ter uma forma quadrangular e pela inclusão da frase retirada dos Lusíadas “Esta é a ditosa Pátria minha amada”, colocada sob o escudo nacional.
Na Academia Militar, o Estandarte Nacional está entregue à guarda do seu Corpo de Alunos, sendo transportado pelo seu aluno mais antigo, e escoltado por outros três alunos especificamente selecionados.
O Estandarte Nacional da Academia Militar, ostenta as mais altas condecorações nacionais e estrangeiras, como reconhecimento do seu mérito na formação de líderes militares, cujo contributo foi essencial para a independência e desenvolvimento da Nação, nomeadamente:
Brasão de Armas da Academia Militar
Cada unidade militar é identificada através de um brasão de armas, numa tradição heráldica que remonta à antiga cavalaria medieval.
O brasão de armas da Academia Militar distingue-se por um escudo em cor vermelha, incluindo um leão rampante de ouro, segurando na garra dianteira direita uma espada antiga e na garra dianteira esquerda um livro aberto, assim simbolizando a força do Exército e o conhecimento dos seus Oficiais.
Destaca-se também sob o brasão, a condecoração com o grau de Cavaleiro da mais alta condecoração nacional, a Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, bem como a sua divisa “DULCE ET DECORUM EST PRO PATRIA MORI”, significando “é doce e honroso morrer pela Pátria”.
Conheça o Palácio da Bemposta
O Palácio da Bemposta, localizado no Paço da Rainha em Lisboa, é o edifício onde está localizado o comando da Academia Militar, constituindo um dos mais belos palácios da capital.
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Galeria de Comandantes
Conheça os Comandantes da Academia Militar desde 1841
Fotos e datas dos ex-comandantes
Filhos da Escola do Exército e da Academia Militar
A Academia Militar tem sido escola de muitas personalidades notáveis da Nação, contando entre outros com sete antigos Presidentes da República e muitas outras entidades que assumiram e têm assumido relevantes funções políticas e militares em Portugal e no estrangeiro. Neste espaço honramos os seus melhores, os seus ex-alunos que fizeram o último sacrifício, dando a sua vida pela Pátria.